sexta-feira, 29 de março de 2013

contra luz

 
Imaginar-te à janela em contra luz
Desnuda.
Chego de mansinho pé ante pé
Abraço-te. Um abraço redondo sôfrego
E beijo-te a nuca, as orelhas, o pescoço
Enquanto as minhas mãos te acariciam os seios duros
E a paixão cresce
O desejo aumenta
O sangue ferve bombeado a quatro mil e tal batimentos por hora
E tu prisioneira
Lentamente, lentamente
Tacteias-me o corpo, as tuas mãos ágeis
Enquanto da tua garganta saem gemidos
E as minhas mãos buscam o teu sexo quente.
Estremeces no meu abraço redondo
E a paixão cresce
O desejo aumenta
O sangue dilacera as artérias
E o ar nos falta…
 
João marinheiro Ineditos 2013
Fotografia de António Mizael www.olhares.com