domingo, 28 de dezembro de 2008
as palavras ausentes...
porque era bom ficar
ficar junto a ti
restam estas palavras ausentes
e o silêncio
e o silêncio
domingo, 14 de dezembro de 2008
Salvem os ricos....
Verdadeiro espírito de natal, juntemo-nos todos para os ajudar...
É natal e ninguém leva a mal
sábado, 29 de novembro de 2008
Roads...
Tens razão, resta-nos a memoria cada vez mais cansada. Um tremendo cansaço para guardar...
Podia dizer-te que escrevo para ti de memória. Em tua memória
Não é verdade.
Escrevo uma invenção da memória a ver se coincide com a tua memória minha e te lembras de mim um dia e então regresses à minha memória de hoje em que me sinto angustiado...
domingo, 9 de novembro de 2008
Teu sonho não acabou...
Porque a poesia e a musica não tem tempo, são para além do tempo.
Taiguara o poeta cantor esquecido no Brasil aqui hoje e agora
aqui:
http://imyra-tayra-ipy-taiguara.com/
sábado, 1 de novembro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
pele...
Dez e quarenta e dois.
Chove a noite esta húmida e fria. Escura
Chega cambaleante o olhar toldado pelo álcool
O bafo quente destilado
A mesa posta
O jantar frio
Medo
2 Gritos na noite dois ais na noite e a violência na face tua
Mulher indefesa…
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sei de um rio...
é o rio em mim de águas frias
é a noite arrefecida
negro
é isso
o fado que carrego.
joão marinheiro, palavras ditas
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Pink Floyd...
...Além é a distância que ficou por percorrer
Ao fundo, não sei se perto ou distante há sombras...
Mil sois se projectam na parede nua.
Tomba um corpo
Há sangue e balas espalhadas...
Mil sois abriram fendas na parede ainda nua.
Todos os dias se ouve o matraquear das armas
Todos os dias tombam corpos de olhos vendados...
A ferida que sinto hoje no peito.
É como o sol afogando a melancolia,
Como se um sorriso fosse o meu destino!
João marinheiro
Poema Execução , excerto de " Das vezes que não posso ser quem sou"1983
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
asas...
...Tenho uma saudade tua que me desespera e ando aqui a afastar-me das pessoas à espera que a noite chegue e o cansaço me vença por exaustão dos sentidos, e depois feche os olhos definitivamente e adormeça fulminado por um valiun 5 que me fecha as portas dos sonhos, as portas da memoria, as portas do desejo teu. Já não sei que faça, se te mate em mim, se te abra a porta do coração e deite a chave ao mar, para que a porta fique sempre aberta para ti, para que entres quando quiseres e possas ir embora sempre quando quiseres, pela manhã, antes de eu acordar a vencer a força da droga que me adormece o sentir...
joão marinheiro 2008 excertos...
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Todo o tempo do mundo...
...Quatro e trinta e cinco da madrugada.
O relógio no pequeno rádio pisca em vermelho vivo a dizer-me que é tarde. Não me importo. O vento forte e frio e húmido entra pelas aberturas na porta e faz estremecer as paredes. As portas do sótão nos esconsos fazem um ruído que assusta de batidos incertos conforme a força do vento. Eu estou aqui. A janela sem as cortinas corridas aberta para a noite fria e ventosa por onde espreito a chegada da maré viva à praia deserta de nós. Imagino-te outra vez. Desejo-te outra vez e afogo-te em mais gole deste vinho ácido que me queima por dentro e me faz estar assim, velho, inútil, abandonado, bêbado nesta hora aqui a olhar o mundo deste pedaço de quarto onde habito agora. As noites desde que me mudei para aqui são dolorosas, em vigília sem sono, sofro de alucinações que me fazem ver cabos e velas rasgadas nas paredes, e ventos furiosos e temporais e gritos e naufrágios e companheiros que desaparecem borda fora numa volta de mar e tenho medo. Medo sim de estar aqui preso inválido sem forças, vencido por uma saudade silenciosa que me rouba a vontade e não me permite ir ate à praia de novo em busca dos restos de ti. O teu naufrágio doloroso em mim. A carcaça só navio, imponente que foste por dentro de mim. O mar onde naveguei temerário a desafiar as tempestades a desafiar os medos a desafiar os dias cíclicos e o sentir. Sinto-te. Sinto-te como quando tinha trinta anos e estava convencido que numa mão virava o mundo todo porque te amava. Agora já não. Tenho medo. Estou velho e só aqui, e a minha história de vida é desconhecida para aqueles que não sabem quem sou e não suspeitam do amor que guardo puro e níveo e inocente em mim. Espécie de segredo amaldiçoado que me persegue...
João marinheiro Março de 2008, Excerto
sábado, 2 de agosto de 2008
Sem nome…
Eu a esperar-te. O tempo a passar lento. Demoramos. As mesas vazias. O café vazio. Eu a esperar-te. Eu a imaginar-te. Tu a chegares. Tu a chegares. Tu a caminhares. Tu a sorrires. Tu a murmurares. Desculpa – estou atrasada! O tempo a começar a andar. Tu a ficares próxima. Eu a admirar-te. Tu a sorrires. Espécie de sol na minha vida. Eu a olhar-te. O tempo a andar mais depressa. Eu a querer-te. Tu nem por isso. O sol nos teus olhos. Eu a querer apanhar o sol. Tu quase a partires. O tempo a correr. Tu a saíres pela porta. Eu parado. O tempo que voa agora. Foste embora de novo. Eu a tropeçar na saudade. O sol a esconder-se. Eu a descer a rua ao contrário. Tu para norte. Eu para sul. Eu a querer-te. Tu nem por isso. Eu num café numa cidade qualquer. Uma mesa qualquer. Uma chávena vazia. A mesa vazia. Eu vazio. Um vazio imenso. Um silêncio imenso. Eu vazio de ti. Eu a esperar-te de novo. O tempo a passar lento outra vez. Eu a perder a vez. O sol a ir também. A noite em mim. O silêncio que chega. Eu a esperar-te ainda. A não dizer que te amo. O amor adiado. Eu a querer-te. Tu nem por isso.
João marinheiro 02/08/08
terça-feira, 17 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
La Solitude...
Vou por esta rua, esta cidade escura e fria
As sombras são a companhia.
O som dos passos, a música que ouço
Chove.
Uma espécie de lágrimas doces e suaves
Um choro de menino baixinho
Vou abandonado e ausente
De olhos fechados. Vou só
Sou o homem que transporta os sonhos guardados
Nos bolsos vazios
Espécie de Lisboa
A cidade.
João marinheiro 2006
terça-feira, 8 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Há amores assim...
Acredito que sim. Quero acreditar que existimos assim numa galaxia distante.
Uma eternidade a saudade...