quinta-feira, 21 de junho de 2007

Fala-me de amor...



...Escrevo porque não te posso falar. Não estás. Não me escutas. Se estivesses tudo era diferente. Pelo menos tentava não cometer os mesmos erros. E se quisesses partir de novo eu queria ir contigo desta vez. Porque da última vez que partiste nunca mais voltaste....

Nada sabes de mim, excerto

3 comentários:

Anônimo disse...

Quererás tu mesmo que te falem de amor? Aquele que dizes ser diferente entre nós quando na verdade ele é moldado a partir do mesmo barro? Porque razão o complicam tanto tornando-o algo abstracto e doloroso? Porque o confundem com sentimentos de posse armando cenas que não passam de um ciúme doentio, sobre algo que apenas pode estar reservado para a pessoa certa? É desse amor que queres que te falem? Ou é daquele sentimento de afecto,tão natural como a água pura, que não é forçado, que depende do modo como olhas a alma, que é a consciência do outro, que diz qualquer coisa, tudo e mais alguma coisa mas sem que as palavras sejam gastas em vão? Daquele que é imbatível e que uma vez instalado nínguém pode nada contra ele, que nunca se esquece mesmo que se parta para uma terra distante do outro lado do mar? Aquele que sobrevive às contradições, aos medos e às tristezas, aos momentos incertos, às crises existenciais e aos desaparecimentos súbitos? É deste amor que queres que falem? É que duvido que possa ser falado. Apenas pode ser vivido.

Anônimo disse...

Conhecer-te valeu tudo. Implicou ter conhecimento das tuas dúvidas, aspirações e limitações. Conhecemos bem os contextos um do outro. E gostávamos de comentar certos temas como o amor que não compreendias e querias entender.

Também eu me apercebi que o amor está intimamente ligado ao viver. É mais do que sentir, é mais do que uma mera aproximação em tempo de carência afectiva, é mais do que desejar, suspirar, voar e sonhar. Porque o amor é o que resta quando o desejo se esvai e alimenta a alma quando é preciso acordar de um sonho lindo para a realidade; é querer quando o outro quer; é sorrir um riso chorado no alento que o outro demanda; é dar, viver, receber, olhar, morrer e renascer…


Tu, és digno de amar e ser amado. E mereces viver o que daí podes retirar, seja o bom, o menos bom do outro e de ti, de ambos, para os dois, rumo ao que querem conquistar. Não ignores as sementes que te caem aos pés porque elas representam a dignidade que o amor merece.

(Extracto de "carta a Zaro III")

A. disse...

João...queridíssimo João.





chega de partidas.ponto.


beijos ,meu amigo de Sal.