Já não preciso de ti Tenho a companhia nocturna dos animais e a peste Tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras galáxias, e o remorso
Um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silêncio É lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração Não, não preciso mais de mim Possuo a doença dos espaços incomensuráveis E os secretos poços dos nómadas
Ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto Deixei de estar disponível, perdoa-me Se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo