quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Quem é você?



Perguntas-me o que escrevo?
Invenções da memória. Respondi-te, o olhar tão distante...

João 2007

domingo, 9 de setembro de 2007

Esse sabor...



Oficio de amar

Já não preciso de ti
Tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
Tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras galáxias, e o remorso

Um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silêncio
É lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
Não, não preciso mais de mim
Possuo a doença dos espaços incomensuráveis
E os secretos poços dos nómadas

Ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
Deixei de estar disponível, perdoa-me
Se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo


O último coração do sonho, Al Berto